quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mais uma empresa da capital do calçado.

Bom dia caros leitores, estamos aqui a informar que segunda-feira abordaremos mais um caso de sucesso nas empresas sanjoanenses, desta vez uma empresa de calçado da cidade - Netos.

Apareça cá no nosso blogue porque fomos entrevistar os donos da empresa, portanto temos muitas informações acerca da Netos para si!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Empresas sanjoanenses - Creativesystems

Cá está mais um caso de uma empresa sanjoanense de sucesso. Fomos à Creativesystems entrevistar Pedro França, colaborador da empresa, e recolhemos informação sobre esta empresa que surpreende pelo crescimento que tem tido nos últimos anos e pela grande quantidade de tecnologia que utiliza nos seus produtos.

A empresa:
A Creativesystems (CS) nasceu em 2002 em Santa Maria da Feira, com o objectivo de melhorar e automatizar os fluxos de informação no sector industrial, através da identificação e rastreabilidade automática dos produtos ao longo de todo o ciclo de produção industrial. Tornando-se mais fácil saber onde os produtos estão a cada momento, as indústrias ganham mais eficiência e aumentam os seus lucros.

No início, a CS, para o desenvolvimento destes novos sistemas de informação, aplicava tecnologias convencionais, como os códigos de barras. Contudo, em 2004, surgiu uma nova oportunidade de negócio, que se tornou na grande aposta da CS – a tecnologia RFID (radio frequency identification). Esta tecnologia consiste numas pequenas antenas com chip, que são incorporadas em todos os produtos através de etiquetas. Estas são lidas à distância por um detector próprio, que consegue ler dezenas de chips em segundos. Com detectores nas várias fases de produção, a rastreabilidade dos produtos na empresa torna-se total, o que permite a redução dos stocks da empresa e dos armazéns necessários ao seu funcionamento.

A aposta da CS nesta nova tecnologia, que “faz com que os produtos falem”, deveu-se também ao facto do potencial desta tecnologia não se esgotar na indústria: o retalho e a logística também têm muito a ganhar se aplicarem sistemas RFID.

Já no ano de 2008 a CS decidiu deixar a Feira e transferir a sua sede para o recentemente inaugurado Centro Empresarial e Tecnológico (CET) de SJM. Segundo Pedro França, o CET é uma mais-valia para a CS, pois, por um lado, “permite que as empresas se localizem naquilo que vão fazer”, não tendo que se preocupar com outras tarefas como “a limpeza, as chamadas telefónicas, o correio”, pois estes serviços são disponibilizados pelo CET. Por outro lado, o espaço onde a CS está instalada potencia a interactividade entre as várias empresas presentes no CET.

Em consequência da aplicação intensiva de tecnologia nos sistemas desenvolvidos pela CS, esta é uma empresa em que 95% dos trabalhadores possuem formação superior. Pedro França acredita que esta região tem os recursos humanos necessários a uma empresa como a CS, uma vez que SJM tem “de um lado a (…) Universidade do Porto e do outro lado a Universidade de Aveiro”, e “quer uma universidade quer a outra disponibilizam ao mercado excelentes profissionais”.

E são estes recursos humanos que permitem a forte aposta em inovação tecnológica e em Investigação e Desenvolvimento (I&D) que é feita na CS. Esta empresa quer estar na frente do desenvolvimento tecnológico, pelo que “investe fortemente e de forma regular no reforço das suas competências e no desenvolvimento das soluções state-of-the-art do futuro”, através da colaboração com reconhecidos Centros de Investigação Académica.

Outro marco na história da CS foi a sua distinção, em 2010, no “Deloitte Technology Fast 500 EMEA”, como a 110ª empresa com maior crescimento nos últimos cinco anos na região EMEA – Europa, Médio Oriente e África. Este ranking inclui todas as empresas das várias áreas tecnológicas existentes nesta região! Deste modo, o esforço e o sucesso de todos os que trabalham nesta empresa foram reconhecidos à escala mundial.

Quando questionámos Pedro França quanto à receita para tão notável crescimento, a resposta foi a de que existem três vectores: “as ideias, o acreditar e o trabalhar”. Isto porque, por um lado, “se eu não tiver ideias, não vou trabalhar para nada porque não vou ver nada” e, por outro lado, “se eu não acreditar nos momentos difíceis, não vou conseguir chegar a lado nenhum”. Pedro França diz também acreditar que todo o “reconhecimento do mercado [da CS] é consequência do nosso trabalho, das nossas ideias e do nosso acreditar”.

Os projectos:
Importa agora conhecer um pouco melhor dois dos projectos desenvolvidos pela CS.
O Surfaceslab resulta da associação da CS à Vicaima, empresa de Vale de Cambra que lidera a produção de portas interiores no nosso país. Já o Magic Mirror é um sistema desenvolvido pela CS, Throttleman, Avery Denninson e Sybase, que está em funcionamento na Throttleman do CascaisShopping.

E como uma imagem, neste caso um vídeo, vale mais do que mil palavras, aqui ficam os vídeos da SIC sobre estes projectos:




Em suma…
Este foi para nós um caso deveras surpreendente, pois a CS prova que a região do EDV não está condenada a ter apenas empresas dos ramos mais tradicionais da economia. Esperemos que a Creativesystems continue a crescer e a levar longe o nome de São João da Madeira!