quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aposta na inovação...

Bom dia senhores leitores, estamos aqui a divulgar que a nossa próxima empresa sanjoanense de destaque é a Olmar onde o titulo desta publicação é o principal lema.

Já sabe, segunda-feira pode ver mais um caso de sucesso de SJM. Apareça no nosso blogue e apoie o nosso projecto!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Empresas sanjoanenses - Fepsa

Estamos de volta para a análise de mais um caso de uma empresa sanjoanense de sucesso, a também exportadora Fepsa. Comecemos, então, pela história desta empresa com já mais do que quatro décadas de existência no nosso concelho.

História da empresa:

A Fepsa nasceu em 1969, tendo resultado do esforço de quatro industriais da chapelaria, que então se associaram com vista à criação de uma empresa especializada no fabrico dos feltros, dos quais são fabricados os tradicionais chapéus de feltro.

Os primeiros anos de existência desta empresa foram descritos numa entrevista do falecido Manuel Pais Vieira Júnior, que foi uma destacada personalidade do concelho, bem como um dos fundadores da Fepsa: “a Fepsa vingou, mas veio o 25 de Abril e destruiu-a. Até ali ainda se ia de chapéu para o Alentejo, depois passou-se a ir de boné. O próprio partido comunista ridicularizou o chapéu. Foi preciso mão forte mas segurámos a Fepsa.”

Assim sendo, a Fepsa é a única resistente dos tempos em que SJM era a cidade das fábricas de chapelaria. Ora, uma empresa que sobrevive a tempos de instabilidade é uma empresa que, quando há estabilidade, cresce e afirma-se, como vamos ver de seguida.

A Fepsa, na actualidade:

Hoje em dia a Fepsa é a maior empresa mundial na área da produção de feltro, detendo 40% do mercado mundial do sector. Emprega 140 funcionários e vende anualmente cerca de 400 mil feltros. Tem um só accionista e o seu capital social é de 520 mil euros.

Mas se a Fepsa resistiu à Revolução dos Cravos e apresenta actualmente estes dados económicos tão favoráveis, é porque em boa hora a empresa apercebeu-se de que tinha que exportar. Actualmente, apenas 4% da produção da Fepsa fica em Portugal, sendo que os restantes 96% se destinam a nichos de mercado existentes no estrangeiro, que fazem à empresa as encomendas de grande volume de que necessita. Estes vão desde os grupos étnicos – como os judeus ortodoxos, os cowboys e os australianos – até entidades que utilizam determinados fardamentos, que incluem chapéu de feltro – a polícia inglesa, a Real Polícia Montada Canadiana, a Força Aérea da Nova Zelândia…

Para além destes mercados, esta empresa vende também feltros não só para certas casas francesas de alta-costura de renome internacional mas também para produtoras de filmes de Hollywood. A Optimo Hats é uma empresa de Chicago que é especialista em chapéus de rigor idêntico aos dos anos 30 e 40 e que considera a Fepsa "a melhor fabricante de feltro para chapéus em todo o mundo". É esta a ponte que permitiu à Fepsa chegar a Hollywood e pôr feltro português “em exibição” em filmes como “Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull” e “Public Enemies”. Este último é o caso mais marcante, pois apresenta cerca de 80 chapéus fedora, feitos com “feltro Fepsa da mais alta qualidade de castor”, à imagem dos que se utilizavam na época histórica representada neste filme (anos 30 do século XX).

Encomendas estas que conferem mais visibilidade à empresa, pois são elas que fazem com que famosas personalidades como Johnny Depp, Robert de Niro, Vladimir Putin e George W. Bush possuam chapéus feitos com feltro Fepsa.

Contudo, se pensa que pode comprar um chapéu à Fepsa, está enganado. Isto porque a empresa deixa a finalização dos chapéus para os seus clientes: “Não produzimos o produto final, mas apenas o feltro, porque não queremos ser concorrentes dos nossos clientes” (declarações de Ricardo Figueiredo, presidente da Fepsa).

É também de referir que a Fepsa foi distinguida, em 2008, com um prémio de “Inovação e Tecnologia”, atribuído no âmbito do programa FINCRESCE do Ministério da Economia e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI). Um galardão que se deveu aos investimentos feitos pela empresa na área ambiental, que resultaram em grandes poupanças de energia e água nesta empresa.

Em suma…

Por tudo o que foi referido, a Fepsa é, sem dúvida, um dos expoentes máximos do sucesso empresarial na nossa cidade. Sucesso esse que, segundo o presidente da empresa, é consequência da “estabilidade política do País”, do “bom relacionamento com os trabalhadores” e do “facto de a mão-de-obra se ter mantido a custos moderados”. Prova-se, com esta empresa, que só com uma boa gestão é possível vingar numa economia globalizada.

Mas para além destes três factores, pode-se acrescentar um quarto, sem o qual a Fepsa já teria “passado à história”: o factor exportações, que se tem afirmado nos últimos anos como o motor no qual todas as empresas devem apostar. Só este motor assegura o crescimento económico, quer das próprias empresas, quer do país como um todo.




Terminamos felicitando a Fepsa por todo o seu êxito e a sua preocupação não só com os recursos humanos da empresa mas também com o ambiente!