segunda-feira, 6 de junho de 2011

O nosso projecto e as novas tecnologias

Boa tarde caros amigos. É com felicidade que vos anunciamos que demos mais um passo em torno do cumprimento dos objectivos do nosso projecto, desta feita a publicação do nosso livro em formato e-book.
Como já vos demos conta, o nosso livro é uma compilação de todo o trabalho que nós desenvolvemos ao longo do primeiro e do segundo período deste ano lectivo. Nós fomos publicando a informação que produzimos aqui no blogue em formato resumido, sendo que a versão integral do nosso estudo está agora reunida nesta obra.
Para tornar o nosso trabalho acessível a todos os que, a partir de agora, queiram consultar informação sobre a economia e o emprego em São João da Madeira, estamos agora a publicar o nosso livro em formato e-book. Para além disso, na próxima quinta-feira – dia 9 de Junho – iremos oferecer o nosso livro em suporte físico à biblioteca da nossa escola e à biblioteca municipal da cidade de SJM.
Estas são as duas formas que encontrámos para “imortalizar” o nosso projecto, na medida em que este livro passará a fazer parte do fundo local e do universo online.
Resta apenas referir que esta versão e-book do livro apenas foi possível graças à professora bibliotecária Luísa Correia, da biblioteca da nossa escola. Foi a professora que sugeriu esta publicação e que se disponibilizou para fazer a mesma através do site da biblioteca da escola.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Noticias sobre a palestra

Boa tarde caros seguidores do nosso blogue. Cá estamos de volta para vos dizer que a nossa palestra final, que contou com a presença de Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira, foi um verdadeiro sucesso, tendo contado com a cobertura da imprensa local de São João da Madeira.
Até podíamos ser nós a relatar o que se passou no auditório da escola no passado dia 25 de Maio, mas preferimos deixar as hiperligações para as notícias que os jornais locais publicaram sobre a palestra.
Boas leituras e até breve!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aproxima-se a nossa palestra

Bom dia caros leitores. Aproxima-se o dia da nossa tão aguardada palestra final, que terá lugar já na próxima quinta-feira, dia 25 de Maio. Na palestra contamos com a presença não só, como já sabem, do Dr. Castro Almeida, mas também da Dra. Dilma Nantes, vereadora da educação da Câmara Municipal de São João da Madeira, que irá dividir o tempo de exposição com o presidente da autarquia.


Esta palestra terá como objectivo dar a conhecer aos alunos do 12º ano da escola - das turmas D, E, F e G, que assistirão à palestra - as tendências actuais da economia e do mercado da cidade.


Para além disso, a palestra será o momento da entrega ao presidente da autarquia do nosso livro do projecto, como forma de agradecer a sua presença. Outro exemplar será entregue, nesse mesmo dia, à direcção da nossa escola, que, através do seu apoio financeiro, possibilitou a realização deste livro.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Olha um livro novo...

Bom dia! Hoje estamos aqui para vos dar a conhecer mais um dos produtos finais deste nosso projecto. Desta vez, o Livro de Projecto, previsto desde o início do ano como um dos três produtos finais.
Mas afinal, em que consiste o nosso livro de projecto? O livro será uma compilação de toda a pesquisa e de todos os textos efectuados ao longo da 1ª fase do projecto. Isto é, o inquérito e os estudos que fizemos no 1º período, bem como as entrevistas e os artigos que produzimos no 2º período – e fomos publicando em versão resumida aqui no blogue, com os nossos textos semanais – irão constar, na sua versão integral, neste nosso livro.
Temos estado atarefadíssimos com a impressão de quatro exemplares deste livro: um para a biblioteca municipal, outro para a biblioteca da nossa escola, outro ainda para oferecer ao Presidente da Câmara Municipal – como forma de agradecer a sua disponibilidade para estar presente na nossa palestra final – e um último para fazer parte do dossier. Na palestra final, que se realizará na próxima quarta-feira, vamos então entregar um livro ao Dr. Castro Almeida; contudo, o livro apenas irá ser oficialmente apresentado no último dia de aulas, numa sessão que se realizará na biblioteca escolar, sendo essa também a data da entrega de um exemplar do mesmo à biblioteca municipal.
Ao oferecer o livro às bibliotecas, esperamos que este seja mais um livro a enriquecer a vasta colecção de exemplares que as duas bibliotecas dispõem. Pretendemos, ao mesmo tempo, “imortalizar” o nosso projecto, para que o final do ano lectivo não seja o fim de todo o nosso trabalho, na medida em que ele poderá ser consultado nas bibliotecas por todos os que pretenderem saber mais sobre a economia e o emprego nesta nossa cidade de São João da Madeira.
Continuem atentos pois ainda vamos lançar mais artigos sobre o culminar do nosso projecto. Até breve!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A nossa palestra final

Boa tarde caros leitores! Cá estamos novamente com mais uma notícia sobre o nosso projecto: no dia 25/05/2011, pelas 10h10, o nosso grupo irá dinamizar uma palestra, na nossa Escola Básica e Secundária Oliveira Júnior, sobre o presente e o futuro do mercado de trabalho da cidade, que contará com a já confirmada presença do Dr. Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal de São João da Madeira.
Esta palestra constitui um dos produtos finais do nosso trabalho de projecto. Será destinada a todos os alunos do 12º ano que pertencem aos cursos científico-humanísticos, tendo como objectivo dar a conhecer aos nossos colegas as tendências actuais da economia e do mercado de trabalho da cidade e da região.

Ao organizar esta palestra, esperamos que esta constitua uma ajuda para os alunos do 12º ano, que ficarão com um maior conhecimento acerca das perspectivas futuras do emprego na cidade. Assim, nas suas escolhas relativamente ao prosseguimento de estudos no ensino superior, estes poderão privilegiar as áreas onde vão ter mais essa possibilidade para arranjar emprego na nossa cidade.
Continue a acompanhar o nosso blogue, pois brevemente publicaremos mais pormenores sobre esta palestra que estamos a organizar. Até breve!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O projecto foi à Católica

Bom dia caros leitores, como prometido vimos hoje contar-lhe tudo sobre a nossa participação no “Fórum de Escolas – A Área de Projecto vai à Católica”, que decorreu na quinta-feira 5 de Maio de 2011, no Campus da Foz do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa.

Depois de uma viagem em transportes públicos que começou às 6h30 (!) em São João da Madeira, o evento começou pelas 08h30, com a montagem dos materiais que iríamos expor durante o dia. De seguida, pelas 10h00, deu-se o início oficial do evento, com a sessão de abertura, em que foram dadas as boas-vindas aos participantes e em que foram revelados quais os prémios que iriam ser atribuídos aos vencedores do evento.
Seguidamente, iniciou-se a avaliação dos projectos expostos. Feliz ou infelizmente, foi o nosso o primeiro projecto a ser avaliado, por dois professores da Universidade. Fizemos uma pequena apresentação e explicação do nosso projecto aos avaliadores, que tiveram também a oportunidade de ver os materiais que estavam expostos – alguns dos nossos textos semanais, os artigos que saíram nos jornais locais e no jornal da escola sobre o nosso projecto, as fotos da cidade…
Depois da apresentação aos júris, tivemos até as 13h30 para, simultaneamente, avaliar os outros projectos (para depois votarmos no prémio do público) e expor o nosso projecto aos restantes participantes no Fórum, pelo que tivemos que nos desdobrar nestas duas tarefas.
Todos os alunos que vieram visitar o “cantinho” do nosso projecto puderam, para além de ver os materiais expostos, participar no nosso quiz, onde tínhamos 10 perguntas de escolha múltipla sobre o nosso projecto, com 3 ajudas para cada participante, semelhantes às do famoso concurso “Quem Quer Ser Milionário”. Muitos quiseram participar, pois todos os participantes tiveram direito a um prémio de participação docinho – um rebuçado – e os quatro melhores participantes de cada hora tiveram a oportunidade de provar o doce tradicional de São João da Madeira, que, para quem não sabe, é a Ermelinda.
Foi neste período da manhã que o nosso “cantinho” foi mais visitado e em que houve mais participantes no quiz, pelo que não tivemos a oportunidade de conhecer muitos projectos dos outros concorrentes neste período.
Já das 13h30 às 14h30 foi a nossa merecida hora de almoço, em que a cantina da Universidade proporcionou-nos não só uma saborosa refeição mas também a oportunidade de descansarmos um pouco, pois estivemos de pé quase toda a manhã.
Das 14h30 às 17h00, continuamos a apresentar o nosso projecto ao público, pois já tínhamos sido avaliados pelos júris. Infelizmente, este foi um período mais “morto”, em que o número de visitas ao nosso cantinho foi menor. Mesmo assim, continuamos a ter algumas participações no quis, a oferecer alguns prémios, ao mesmo tempo que tivemos a oportunidade de conhecer mais projectos e assim decidir em qual iríamos votar para o prémio do público.
Às 17h00 terminou o período de exposição e foi o momento de entregarmos os nossos boletins de voto devidamente preenchidos. Seguiu-se um período de uma hora em que saboreámos o bom lanche que foi oferecido pela Universidade e arrumámos os materiais que tínhamos exposto.
Por fim, fomos à sessão de encerramento e de entrega de prémios. Infelizmente não coube nenhum deles ao nosso projecto, mas ficamos contentes pela fantástica experiência que constituiu a participação neste evento!
Regressámos então a São João da Madeira com vontade reforçada de continuar o trabalho no nosso projecto. Brevemente publicaremos mais novidades sobre as acções a desenvolver neste período aqui no blogue, por isso fique atento!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estamos de volta...

Boa noite. Esperamos que as suas férias da Páscoa tenham sido muito boas! As nossas já acabaram, pelo que estamos de volta ao trabalho neste último período.
Como tínhamos prometido, a partir de agora iremos dar-lhe conta de todas as acções que estamos a desenvolver para a divulgação do projecto à comunidade. A primeira delas será de hoje a 8 dias, em que nos deslocaremos ao Campus da Foz (Porto) da Universidade Católica para participação no “Fórum de Escolas – A Área de Projecto vai à Católica”.
A nossa participação neste evento consistirá na exposição dos materiais produzidos por nós ao longo do ano lectivo e terá como objectivo principal a interacção com outros projectos desenvolvidos por alunos do 12º ano. Para além disso, é claro que vamos com a ambição de nos destacarmos de entre os projectos da nossa área e, quem sabe, trazermos um prémio para São João da Madeira!
Se quiser saber mais sobre o Fórum de Escolas, consulte o site oficial do evento, em http://www.porto.ucp.pt/forumescolas/. E, claro, não se esqueça de passar por cá para a semana para ver as fotos da nossa participação neste evento!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Conclusão – Outras perspectivas políticas acerca do emprego na cidade

Neste que é o último texto semanal do nosso projecto, não queríamos terminar sem divulgar também as opiniões dos restantes partidos com representação na Assembleia Municipal de SJM quanto ao emprego na cidade.

Para isso vamo-nos basear nos programas políticos que cada um destes partidos apresentou à população aquando da campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2009.

A perspectiva do CDS-PP:

À semelhança do que acontece com o actual executivo camarário e com a JS-SJM, os centristas apresentam também uma grande preocupação com a atracção de empresas e de emprego para a cidade.

Neste sentido, uma das propostas de Dina Rocha, que se candidatou pelo CDS à presidência da autarquia em 2009, era a integração de SJM em “redes multi-municipais de apoio ao empreendedorismo”, isto é, a criação, em toda a região, de uma rede que facilitasse o espírito de iniciativa empresarial, proporcionando aos empresários sistemas de garantia mútua, capital de risco…

Outro aspecto importante para a criação de emprego na cidade era, para a candidata deste partido, a criação de “uma incubadora de empresas e/ou ideias de base tecnológica, a localizar num parque empresarial que forneça serviços de suporte administrativo de apoio à gestão”. Trata-se de uma ideia que, sem dúvida, faz lembrar o projecto de criação e ampliação do Centro Empresarial e Tecnológico que a autarquia desenvolve actualmente.

Outra ideia do CDS é o apoio da criação de emprego social pelas IPSS. Para Dina Rocha, aspectos como a prestação de cuidados continuados aos mais idosos e a criação de novos centros de noite seriam importantes, na medida em que, para além de apoiarem os mais desfavorecidos, levam à criação dos empregos necessários ao desenvolvimento destas actividades.

Por último, é de referir que o CDS, ao contrário da JS, acha importantíssima a atracção do ensino superior para o concelho sanjoanense. Dina Rocha propôs-se a “captar o ensino superior para a cidade, nomeadamente o tecnológico para que se possa ligar com as redes de empreendedorismo”. A existência de ensino superior em SJM seria, para os centristas, muito positiva, desde que fosse integrada com as entidades empregadoras e contribuísse para a qualificação das empresas da cidade.

A perspectiva da CDU:

Esta coligação centrou a sua última campanha eleitoral em casos como o da defesa da Urgência do hospital da cidade ou da extinção da empresa municipal “Águas de S. João”. Mostrou-se, portanto, menos preocupada com a implementação de medidas de apoio ao emprego e ao empreendedorismo do que os restantes partidos.

Contudo, Jorge Cortez, que foi o candidato da coligação à presidência da autarquia de SJM, não deixou de apresentar algumas propostas neste domínio:

  • Criação, na própria estrutura da Câmara Municipal, de um departamento que apoie as empresas em aspectos como a organização, as tecnologias, a inovação…
  • Implementação de um serviço de apoio aos desempregados que, juntamente com o centro de emprego, os ajude na procura de emprego;
  • Colocação de obstáculos à criação de grandes superfícies na cidade e incentivo ao comércio tradicional, na medida em que os comunistas defendem que a substituição do comércio tradicional pelo retalho moderno leva à destruição de emprego.

A perspectiva do BE:
Já o Bloco de Esquerda mostrou-se mais preocupado do que a CDU com as questões do combate ao desemprego. O elevado desemprego que já se verificava no país motivou um conjunto de propostas no domínio do emprego, apresentadas por Pedro Pardal (candidato bloquista à Câmara Municipal de SJM, em 2009):

  • Cedência, por parte da autarquia, de terrenos a baixo custo às empresas que queiram fixar-se no concelho de SJM;
  •  Desenvolvimento de um programa de reabilitação urbana e habitacional na cidade: a autarquia compraria edifícios devolutos a preços justos, recuperá-los-ia e depois recolocaria essas habitações no mercado do arrendamento, o que, segundo os responsáveis do partido, criaria bastantes empregos e revitalizaria o mercado do arrendamento da cidade;
  • Lançamento de um programa de apoio à instalação de novas empresas e de diversificação industrial: este programa incentivaria as novas empresas que criassem postos de trabalho permanentes (com vínculos efectivos) em ramos de actividade fora da fileira calçado; as empresas apoiadas não poderiam distribuir quaisquer dividendos durante o período em que deles beneficiassem;
  • Lançamento das chamadas “iniciativas locais de criação de emprego”, isto é, de projectos de criação de emprego em áreas como a produção cultural, o património cultural e as tecnologias de informação e de comunicação.

É de notar que o facto de o BE ser bastante crítico quanto às políticas da autarquia no domínio do emprego fez com que as propostas apresentadas se caracterizassem não tanto pelo apoio aos empresários mas principalmente pela criação de emprego de iniciativa pública. Contudo, não deixa de ser curioso verificar que a primeira medida referida vai de encontro ao objectivo do projecto de ampliação da Zona Industrial das Travessas do actual executivo camarário.

Em conclusão…

Caros leitores, é com este artigo que terminamos a primeira e grande fase do nosso projecto, da publicação semanal dos nossos artigos sobre o mundo do emprego em SJM. Aproveitamos para agradecer a todos os que de uma maneira ou outra, contribuíram para o sucesso desta fase do nosso projecto.

Contudo, não é um adeus mas sim um até já. Voltaremos no 3º período onde, apesar de não publicarmos os nossos textos semanais (uma vez que iremos desenvolver acções destinadas à comunidade escolar), continuaremos a divulgar aqui no blogue e também no facebook todas as acções que forem realizadas por nós. Continue a acompanhar este projecto!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Projecto em destaque na imprensa local

Caros leitores, é com satisfação que informamos que hoje o nosso projecto foi alvo de um artigo do semanário Labor, no qual é dado destaque ao nosso artigo sobre a perspectiva política da autarquia acerca do emprego na cidade, nomeadamente às afirmações de Castro Almeida acerca do projecto Oliva Creative Factory e a sua proximidade à "Caixa das Artes" feirense.

Se quiser ler o artigo, ficando também a conhecer um pouco mais sobre o nosso projecto, pode fazê-lo em http://www.labor.pt/index.asp?idEdicao=271&id=14193&idSeccao=2919&Action=noticia, bem como na edição impressa do jornal Labor.

Aproveitamos também para vos dizer que na segunda-feira será publicado o último dos nossos textos semanais, no qual iremos fazer uma conclusão geral ao tema do nosso projecto. Passe por cá para lê-lo a partir do dia 28!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Perspectiva política da Juventude Socialista de SJM acerca do emprego na cidade

Depois da entrevista ao Dr. Castro Almeida, em que nos inteiramos das ideias e projectos da autarquia sanjoanense nos domínios do emprego e da educação, quisemos saber também as ideias dos partidos da oposição ao PSD (que ganhou as últimas eleições autárquicas em SJM).

Assim sendo, entrevistámos Alessandro Azevedo, líder da Juventude Socialista (JS) de SJM, para ficarmos a saber o que é que os jovens do maior partido da oposição local pensam sobre estas matérias. Agradecemos a disponibilidade do mesmo para esta entrevista.

A Câmara Municipal de SJM ignora os jovens?

Nos últimos tempos, a principal reivindicação que a JS-SJM tem demonstrado é a de que Câmara Municipal da cidade não ouve as propostas que os jovens têm para o seu concelho. Começámos, portanto, a entrevista perguntando o porquê destas queixas. “A JS defendeu e defende a necessidade de haver nos concelhos instrumentos que permitam uma aproximação dos jovens aos responsáveis políticos locais”, afirmou Alessandro Azevedo.

“Nesse sentido, a Assembleia da República criou, já há muito tempo, uma imposição legal da criação de um Conselho Municipal de Juventude em cada município, que é um órgão consultivo onde o presidente da Câmara deve ouvir os jovens relativamente a várias matérias da política local. Escudando-se com argumentos jurídicos duvidosos, Castro Almeida nega-se a aplicar a lei, que devia ter sido aplicada até Agosto de 2009. Existe claramente uma falta de vontade política da Câmara Municipal em ouvir os jovens”.

Quisemos também saber quais as mais-valias da existência deste órgão, que fazem com que a JS-SJM batalhe tanto pela sua implementação. Segundo Alessandro Azevedo, o Conselho Municipal da Juventude, por um lado, “levaria a que o presidente da Câmara tivesse a visão dos jovens que estão efectivamente no terreno, e que lidam com aqueles que estão com problemas”. Por outro lado, “fomentaria a participação cívica dos jovens, pois a ida de um jovem a um órgão consultivo, para debater com o presidente de câmara os problemas que afectam a juventude sanjoanense, aproximaria qualquer jovem da administração do seu concelho”.

A atracção de emprego para a cidade:

Passámos à confrontação das opiniões da JS com as do actual executivo camarário. A JS-SJM tem afirmado ultimamente que a autarquia não tem feito tudo o que podia fazer para combater o desemprego. “Há a necessidade de encontrar soluções a nível nacional que fomentem o crescimento económico, já que este é a melhor via de criação de emprego, mas os concelhos devem ter também um papel no desenvolvimento de ferramentas que fomentem a criação de emprego”, explicitou o líder desta estrutura partidária local na entrevista que nos concedeu.

Seguiu-se um exemplo de uma autarquia em que, por sinal, é o PS que está no poder. “Há concelhos do nosso distrito que apresentam resultados muito melhores do que SJM. Arouca, por exemplo, um concelho que está mais no interior do que SJM, apresenta uma taxa de desemprego baixa. Isto revela que tem havido, por parte da autarquia, empenho no combate ao desemprego”, alegou Alessandro Azevedo.

[A bem da verdade, note-se que, segundo uma notícia do jornal SOL online, publicada a 10 de Maio de 2010, em que foi divulgada uma estimativa da taxa de desemprego para todos os concelhos do país, a taxa de desemprego do concelho de Arouca é de 6,7%. Mesmo não sendo os tais 4%, não deixa de ser uma taxa de desemprego baixa comparativamente com a média nacional e com a taxa de desemprego do concelho de SJM (10,2%, segundo esta mesma notícia).]

Impunha-se saber, então, o que é que, para a JS, deve ser feito para combater o desemprego. Alessandro Azevedo começou por ressalvar que a JS está inteiramente a favor dos três grandes projectos da autarquia neste domínio. “Somos totalmente favoráveis aos três investimentos. As incubadoras de empresas, como o Centro Empresarial e Tecnológico, são desde há muitos anos uma preocupação da Juventude Socialista à escala nacional. Quanto à Oliva Creative Factory, é uma indústria criativa e estava, aliás, no projecto político que o PS apresentou em 2009”.

Contudo, para o líder da JS-SJM, “há uma questão essencial à qual a Câmara Municipal não tem respondido, que é a defesa das indústrias tradicionais. SJM tem que recentrar a sua importância na realidade do sector do calçado a nível internacional. Nesse sentido, o PS defendeu, por exemplo, a construção do Museu do Calçado em SJM”. Por outro lado, “não se justifica que uma cidade como SJM nunca tenha tido uma Feira Internacional de Calçado, tínhamos todas as condições para o fazer, era uma medida essencial de apoio ao sector que emprega muitos sanjoanenses”. São medidas tão ou mais importantes do que as que já estão a ser implementadas, uma vez que Alessandro Azevedo defende que a única solução de curto prazo para o desemprego está nos sectores tradicionais.

Em conclusão…

Nesta que foi a última entrevista do nosso projecto constatámos que, a nível local, a JS é uma estrutura partidária que, ao contrário de outros partidos que também estão na oposição, não se limita a “deitar abaixo” os projectos e as iniciativas de quem está no poder – alguns dos projectos do actual executivo autárquico são mesmo elogiados pela JS –, contribuindo para o enriquecimento do debate político ao divulgar quais as acções que tomaria caso estivesse no poder. Deste modo, resta-nos desejar boa sorte à JS nos seus projectos que visam apoiar jovens como nós!

quinta-feira, 17 de março de 2011

A visão dos jovens

Boas caros seguidores, estamos aqui para informar que o próximo texto semanal é sobre a perspectiva política da JS - Juventude Socialista - acerca do emprego na nossa cidade, no qual poderá ler a nossa entrevista ao coordenador da estrutura local da JS, Alessandro Azevedo.

Já sabe, segunda-feira é dia de texto semanal por isso tem que aparecer aqui no nosso blogue para o ler.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Perspectiva política da Câmara Municipal de SJM acerca do emprego na cidade


Ora, depois do nosso inquérito, da análise às características do emprego na cidade, da divulgação de casos marcantes no panorama empresarial sanjoanense e da abordagem a instituições que apoiam os nossos empresários, é a hora de divulgar mais detalhadamente as opiniões e as acções desenvolvidas pela autarquia sanjoanense no domínio do emprego e das empresas.

Para isso fomos entrevistar o Dr. Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal de SJM. Agradecemos a sua disponibilidade e o tempo que despendeu connosco e que possibilitou a realização deste artigo.
Aquando da campanha eleitoral que precedeu o actual mandato autárquico, Castro Almeida afirmou que a prioridade deste mandato seria a melhoria das condições de empregabilidade no concelho sanjoanense. “O papel da autarquia é criar condições para atrair empresários. A criação de emprego não dispensa empresários, os empresários precisam de ter locais adequados para se instalarem e a função da autarquia é criar os locais adequados para os empresários se instalarem”, declarou Castro Almeida.

Assim sendo, este terceiro mandato está a ser marcado por três investimentos: a ampliação da Zona Industrial das Travessas “para lá instalar empresas de base industrial”, a construção do novo edifício do Centro Empresarial e Tecnológico “para atrair empresas de base tecnológica para o nosso concelho” e a criação da Oliva Creative Factory “para atrair indústrias criativas para SJM”.

Questionámos Castro Almeida acerca das razões para o primeiro destes investimentos. “Hoje há escassez de terrenos disponíveis para a instalação de indústrias em SJM, e os poucos terrenos que existem são caros. Por isso, nós queremos aumentar a oferta, como forma de fazer baixar os preços dos terrenos”. Só desta forma, afirma, será possível evitar que “os empresários de SJM construam fábricas fora da cidade porque os poucos terrenos que existem em SJM são caros”, como diz acontecer actualmente.

Relativamente ao Centro Empresarial e Tecnológico (CET), face ao que já vimos anteriormente http://emprego-sjm.blogspot.com/2011/01/empresas-sanjoanenses-oliva.html, inquirimos o presidente da autarquia acerca do balanço que faz da construção deste equipamento. “É muito positivo, estão lá instaladas mais de 30 empresas, trabalham lá mais de 100 licenciados. Numa incubadora de empresas é normal que haja muita fragilidade nas empresas, mas no CET ainda não morreu nenhuma empresa, é uma característica muito interessante da nossa Sanjotec. O 1º edifício está cheio e é por isso que estamos a construir o segundo, porque o primeiro foi claramente um sucesso”.

No que diz respeito à Oliva Creative Factory, um investimento de que também já lhe demos conta http://emprego-sjm.blogspot.com/2011/02/instituicoes-sanjoanenses-sanjotec.html, quisemos saber o que é que leva a autarquia a pensar que o concelho tem potencial para o sector das indústrias criativas. “As indústrias criativas são um sector de futuro no mundo inteiro, no mundo desenvolvido”, garantiu Castro Almeida. “A Oliva não está pensada para atrair só as empresas criadoras de SJM, a Oliva é uma infra-estrutura de âmbito metropolitano e mesmo de âmbito nacional”. “Não há muitos espaços para a instalação de indústrias criativas no país, e nós queremos ser um dos melhores e maiores, eu creio que o nosso espaço vai ser provavelmente o maior do país para a instalação de indústrias criativas, estamos a falar de 14000 metros quadrados”.

Ainda no que diz respeito a este projecto, surgiu recentemente, no semanário local Labor, uma notícia que dá conta que a autarquia feirense está também a desenvolver um projecto semelhante à Oliva Creative Factory – trata-se da “Caixa das Artes”, que também contará com residências artísticas, incubadora de empresas e oficinas criativas.

Havia, portanto, que perguntar a Castro Almeida se não receia que a multiplicação deste tipo de equipamentos faça com que eles não tenham uma procura correspondente à oferta. “Eu visitei algumas cidades na Europa onde na mesma cidade há mais do que um espaço para a instalação de indústrias criativas”, respondeu. “Não vejo nenhum problema em haver um equipamento de indústrias criativas em SJM e outro na Feira, acho até que podem ser complementares”.

Castro Almeida passou a exemplificar este seu argumento: “Pense no seguinte, quando alguém quiser instalar uma loja de sapatos, pensa em ir para onde? Para um centro comercial. Mas já lá há outras lojas de sapatos, porque é que não há-de ir para um sítio isolado? Porque quem quer comprar sapatos vai ao centro comercial, onde há uma diversidade de oferta que atrai mais consumidores”. Assim, o autarca pensa que “o facto de haver aqui dois espaços contidos fará que esta sub-região fique conhecida como um espaço de indústrias criativas e que quem quiser procurar um fornecedor de produtos criativos venha aqui a esta região”.

Em suma, estes três investimentos – ampliação da Zona Industrial das Travessas e do CET e requalificação da velha Oliva – significam que a aposta da autarquia quanto ao emprego é de “manter e reforçar as indústrias tradicionais, nomeadamente o calçado que vai ter futuro em SJM” e, simultaneamente, de “abrir novas frentes, empresas de base tecnológica no Centro Empresarial e Tecnológico, indústrias criativas na Oliva Creative Factory”, assegurou Castro Almeida.

Em conclusão…

Nesta entrevista evidenciou-se que a actual gestão da Câmara Municipal de SJM está determinada em levar a cabo os seus três grandes projectos relacionados com o domínio do emprego e em fazer com que os empresários tenham em SJM as estruturas necessárias ao desenvolvimento de empresas de sucesso. Há que ter esperança de que estes equipamentos tenham a procura prevista pela autarquia e, assim, consigam potenciar o empreendedorismo não só dos sanjoanenses mas também da população de toda a região!

quinta-feira, 10 de março de 2011

A perspectiva da autarquia

Bom dia, segunda-feira os nossos textos semanais estão de volta. No nosso próximo artigo poderá ler a nossa entrevista ao Dr. Castro Almeida, presidente da Câmara Municipal da cidade, na qual será dado destaque às acções que a autarquia desenvolve nos domínios do emprego e da formação.

Já sabe, apareça por cá!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Férias de Carnaval

Bom dia caros leitores, como estão a ler, na próxima segunda-feira vamos estar de férias por isso não iremos publicar, como habitualmente, o nosso texto semanal.

Divirta-se muito no Carnaval, que nós iremos fazer o mesmo! J

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Instituições sanjoanenses – Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado

Continuando a nossa série de textos sobre instituições que desempenham um papel importante no que diz respeito ao emprego na cidade, chegou a vez de darmos a conhecer o Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado (CFPIC). 

Aproveitamos para agradecer a disponibilidade da Dra. Fátima Martins, Coordenadora Pedagógica do Centro de Novas Oportunidades do CFPIC, para a entrevista que nos concedeu.

História do CFPIC:


O CFPIC é uma instituição que conta já com 45 anos de história: este foi criado em 1965, para a resolução das grandes carências que a indústria de calçado evidenciava nessa década, em termos de formação profissional. As suas primeiras instalações situavam-se no Palacete dos Condes, em SJM. Mas, uma vez que as fábricas de calçado registaram uma dispersão geográfica cada vez maior nos anos 60, 70 e 80 do século XX, o CFPIC criou também pólos nas localidades de Oliveira do Douro, de Felgueiras, dos Carvalhos, de Guimarães, da Benedita e de Oliveira de Azeméis.

Porém, as décadas de 1990 e 2000 ficaram marcadas pelo encerramento da maioria dos pólos do CFPIC. Isto ocorreu “por uma questão de rentabilização de recursos e tendo em conta que hoje a mobilidade é superior a que existia anteriormente”. A estas duas razões acrescenta-se uma terceira, que é o facto de o Centro ter adquirido várias unidades móveis de formação, que fazem com que o CFPIC continue a desenvolver formações na Benedita e em Viana, mesmo não tendo pólos nessas localidades.

O CFPIC, na actualidade:

Hoje em dia o CFPIC tem apenas dois pólos, em SJM e em Felgueiras. De entre estes dois pólos, o que apresenta uma maior procura por parte da população local é, segundo Fátima Martins, “sem dúvida o de SJM”. Estando ambos os pólos inseridos em áreas industriais em que o ramo do calçado tem um papel de relevo, a região de Felgueiras distingue-se por “incidir mais no fabrico do calçado” e por ter também “outras industrias ali próximas que absorvem facilmente as pessoas”. Assim, existe maior facilidade de encontrar emprego não qualificado em Felgueiras, pelo que existe uma menor procura de formação por parte da população.



Ambos estes pólos são Centros Novas Oportunidades e disponibilizam vários tipos de formação. Os cursos de educação/formação de jovens destinam-se aos jovens que desejem concluir o 9º ou o 12º ano através de um curso que lhes ensine uma determinada profissão. Os cursos EFA destinam-se principalmente a adultos desempregados, pois os centros de emprego encaminham os desempregados para estes cursos. Já a formação modular é procurada essencialmente “por pessoas empregadas que estão activas e que querem evoluir”.

Sendo o CFPIC um Centro Novas Oportunidades, confrontámos Fátima Martins com a fama que os cursos Novas Oportunidades têm de serem demasiado facilitistas. Esta considera que estes cursos “são postos em causa, muitas vezes, por pessoas que não tem conhecimento sobre o assunto ou que concebem apenas o sistema de ensino nos moldes tradicionais, não perspectivando outro tipo de ensino”. “Não considero que estes cursos sejam assim tão fáceis, no nível secundário não são tão simples quanto muitos querem fazer crer, o nível secundário já é complexo”.


Existe outro aspecto que faz com que o CFPIC seja fortemente criticado por vários empresários do ramo do calçado: o Centro tem mais formandos a frequentar cursos de modelação e de estilismo do que cursos relacionados com as actividades tradicionais de produção, sendo que as empresas de calçado dizem ter dificuldades quando tentam contratar estes últimos profissionais. Ora, Fátima Martins argumenta que “a nossa actividade está condicionada pela procura, pelas exigências e interesses da população. Nós não temos pessoas interessadas para o fabrico do calçado! Por exemplo, os jovens sentem-se mais atraídos para o design ou para a informática, e não tanto para o fabrico do calçado”.

É também de referir que o Centro tem estado presente em várias feiras internacionais de calçado, como a Micam e a GDS. Estas presenças têm três fins: a actualização do CFPIC, pois nestas feiras os responsáveis pelo Centro podem descobrir as novidades e as tendências do ramo do calçado, a nível mundial; a divulgação do trabalho e da criatividade dos estilistas em formação no Centro; o facto de possibilitar tanto aos profissionais do centro como aos alunos o conhecimento do mercado internacional e globalizado.


Por último, há que referir os vários prémios que alunos do Centro têm recebido em vários concursos, que se traduzem no reconhecimento do trabalho realizado pelo CFPIC. Em 2008, Marco Egídio, do curso de Modelação e Design de Calçado, e Rosário Alves, do curso de Modelação de Calçado e Marroquinaria, ganham o 1º e 2º prémios na categoria “Homem” do prémio internacional Sulle Orme Del Cuoio; em 2009, uma equipa do curso de Electrónica de Equipamento ganhou o 2º prémio no concurso ROBOPARTY da Universidade do Minho: são apenas dois exemplos dos muitos prémios que o CFPIC tem recebido.

Em suma…

O Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado, por tudo o que referimos, dá um contributo excepcional para as indústrias de calçado na cidade, sendo um impulsionador da componente criativa deste sector, que é a que torna este ramo de actividade um ramo de elevado valor acrescentado e de elevado potencial de desenvolvimento. Assim sendo, desejamos as maiores felicidades ao Centro, nomeadamente no que diz respeito à resolução dos problemas de financiamento e de sobrelotação que hoje existem!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Novas Oportunidades na Capital do Calçado!

Olá, tudo bem? Queremos informar que o nosso próximo artigo é sobre o Centro de Formação Profissional da Indústria do Calçado.

Segunda-feira vai poder descobrir mais sobre esta instituição que desenvolve vários cursos das Novas Oportunidades, bem como várias formações a funcionários das fábricas de calçado da região.

Apareça cá no blogue para ler e comentar!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Instituições sanjoanenses - Sanjotec

Terminada a nossa série de textos sobre casos marcantes de empresas da cidade, chegou a vez de darmos protagonismo às instituições que apoiam estas mesmas empresas. Começamos pela Sanjotec, que gere o Centro Empresarial e Tecnológico, a nossa incubadora de empresas de base tecnológica.

A Sanjotec e o Centro Empresarial e Tecnológico:

O Centro Empresarial e Tecnológico é um equipamento de incubação de empresas de base tecnológica, dos ramos da robótica, automação industrial, biotecnologia, química, design e tecnologias da informação. O edifício-sede foi inaugurado em Outubro de 2008 e é o primeiro de um conjunto de dez edifícios que a autarquia sanjoanense projecta construir. Representou um investimento de 6,8 milhões de euros, comparticipado por fundos comunitários.

Para a sua gestão, foi criada a “Sanjotec – Associação Científica e Tecnológica de S. João da Madeira”. Esta “pode ser definida como uma iniciativa estratégica do município sanjoanense que visa apoiar técnica e cientificamente a comunidade empresarial local e regional, através da difusão de uma cultura de inovação e do encorajamento a projectos empresariais de base tecnológica” (Boletim Municipal de SJM, nº 50, Novembro de 2008).

Os associados da Sanjotec, que têm responsabilidades na sua gestão e administração, são:

  • A Câmara Municipal de SJM;
  • A PortusPark – Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (é a instituição que engloba todos os parques tecnológicos do tipo do CET existentes na região Norte e assegura a existência de uma gestão integrada de todos estes equipamentos);
  • A Universidade de Aveiro (é a única instituição de ensino superior público universitário existente no distrito e é das universidades que mais aposta em Investigação e Desenvolvimento no país);
  • O Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (é uma instituição, sediada em SJM, que presta apoio ao sector do calçado, através da formação, da melhoria dos processos de produção das empresas…);
  • O Centro para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológicos – Cedintec (instituição pública que tem por objectivo apoiar as PME no reforço da sua competitividade, através da modernização dos seus processos produtivos);
  • O Clube de Empresários de SJM (que se traduz numa plataforma de diálogo e de troca de experiências, constituída por empresários dos vários concelhos do EDV);
  • A Faurecia (multinacional do ramo dos assentos para automóveis, que tem uma importante unidade de produção em SJM, sendo a maior empresa do concelho sanjoanense).

Assim sendo, o CET e a Sanjotec fizeram com que o concelho passasse a ter as infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento de projectos empresariais com um forte cariz tecnológico. Desta forma, foi dado um passo no sentido de "diversificar o tecido produtivo e de preferência alterar também o perfil de especialização" do concelho (declarações de Castro Almeida, presidente da autarquia de SJM), condição necessária para que haja a alteração do paradigma de baixos salários existente no concelho de SJM.

É uma diversificação que está a ter sucesso, uma vez que estão já ocupados todos os 40 módulos de instalação de empresas existentes no edifício do CET. Facto que se deve às excelentes condições que a Sanjotec disponibiliza aos empresários que se instalem no CET: para além de estes pagarem uma renda reduzida, ainda têm acesso a diversos serviços de apoio jurídico, fiscal e logístico. Assim, as empresas em fase de incubação não perdem tempo nem dinheiro com estes serviços, podendo-se concentrar na sua actividade principal: produzir e inovar.

Convém também realçar o elevado grau de exigência que a Sanjotec tem tido para a aceitação dos pedidos de incubação de empresas. Apenas projectos que ofereçam grandes probabilidades de sucesso têm a oportunidade de se instalar no CET. Fosse esta selectividade menor, o CET teria ficado sobrelotado num ainda menor espaço de tempo e certamente não se poderia orgulhar do que se orgulha actualmente: todas as empresas que acolheu continuam em actividade e estão a crescer.

Sendo este um projecto que prevê a construção de dez edifícios e estando o edifício-sede já sobrelotado, a Sanjotec necessita de mais espaço para continuar com a sua missão. Avançou, portanto, em Outubro de 2010, a construção do segundo edifício do CET – que será o seu núcleo de Investigação e Desenvolvimento –, um investimento de 6,5 milhões de euros que resultará num edifício com capacidade para albergar entre 14 e 62 empresas, conforme a dimensão das mesmas.

Em suma…
Por tudo o que referimos, este é um projecto de louvar. O CET já criou 120 postos de trabalho, dos quais 70 por cento são ocupados por quadros com formação superior. Podem não ser empregos em grande quantidade, mas o que importa é que são empregos bem pagos e que atenuam o paradigma de emprego desqualificado que ainda se evidencia, de uma certa forma, na cidade.

Prova-se que o investimento público, se for bem efectuado, pode ser motor da criação de emprego e da qualificação do país. Desejamos que a autarquia consiga desenvolver os dez edifícios que estão projectados para o CET e que este projecto não seja afectado pela austeridade em que vivemos…

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A incubadora da cidade

Bom dia caros leitores, estamos aqui para informar que o nosso texto da próxima segunda-feira é sobre a Sanjotec - Centro Empresarial e Tecnológico.

Já sabe o que deve fazer na segunda-feira: aparecer aqui no blogue para ler sobre esta infra-estrutura que acolhe novas empresas de base tecnológica.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Empresas sanjoanenses - Viarco

 A última empresa desta nossa série de textos relativos a empresas marcantes do panorama empresarial sanjoanense é a Viarco, que se destaca por ser, hoje em dia, a única fábrica de lápis em actividade no país.
Nesta nossa abordagem a esta empresa contamos com uma entrevista a José Vieira, director da empresa. Agradecemos a disponibilidade do mesmo para a realização desta entrevista.

História da empresa:
A Viarco é já uma empresa centenária, uma vez que a sua origem está na fábrica de lápis Portugália, da cidade de Vila do Conde, fábrica que iniciou a sua actividade em 1907.

Esta empresa, que foi pioneira neste ramo de actividade no nosso país, teve um grande sucesso nos seus primeiros anos de actividade. Contudo, a partir de 1914 esta fábrica registou grandes dificuldades, devido à participação de Portugal na I Guerra Mundial (1914-1918) e à Grande Depressão de 1929-1933. Assim, em 1931, a Portugália estava em situação de falência e foi adquirida por Manoel Vieira Araújo. Este importante empresário da cidade de SJM, que já detinha uma fábrica de chapéus na Capital do Calçado, decidiu, desta forma, alargar os ramos de actividade da sua empresa, tendo sido a Portugália integrada no grupo Vieira Araújo.

Após esta aquisição seguiram-se dez anos de intenso trabalho, após os quais estavam criadas as condições para, em 1941, deslocalizar a fábrica de lápis para junto das restantes empresas do grupo Vieira Araújo, isto é, para a cidade de SJM.

Seguiram-se anos em que a Viarco juntou à produção dos lápis mais comuns a produção de lápis de cera e de uma gama de lápis técnicos. Posteriormente, na década de 1970, face ao crescimento da secção de produção de lápis do grupo Vieira Araújo, este decidiu tornar autónoma a unidade de produção de lápis, tendo nascido a “Viarco – Indústria de Lápis, Lda”.

E é este o nome que a empresa toma hoje em dia, tendo-se tornado na única fábrica de lápis do país. Sobrevivência que, segundo José Araújo, tem passado “por um lado, pela capacidade de execução e gestão da empresa” e “por outro lado, pela sorte” que a empresa tem tido ao longo da sua já longa existência.

A Viarco, na actualidade:

Hoje em dia a Viarco emprega 20 trabalhadores, produzindo lápis para os mercados escolar, profissional, da publicidade e das artes plásticas. O seu volume de negócios foi, em 2009, de 500 mil euros.

Um dos mercados tradicionais da empresa para a venda dos seus produtos é, naturalmente, o mercado escolar, que é um “mercado de massas”, como afirmou José Vieira. Contudo, “infelizmente o mercado escolar, para nós, Viarco, é extremamente difícil”, facto para o qual a empresa aponta duas causas principais: a dificuldade na venda dos seus produtos nas grandes superfícies e o facto de este mercado ser muito competitivo, apresentando margens de lucro muito pequenas.
Mesmo assim, a empresa não desiste deste mercado, pois, mesmo não sendo um mercado que possibilite grandes lucros à empresa, é importante pelo “contacto que nós criamos ou podemos criar com o consumidor, isto porque vocês hoje são filhos e amanhã vão ser pais, e se houver esta afinidade, estamos a potenciar relações que podem ser muito proveitosas para a empresa no futuro”.

Mas, para a Viarco dos dias de hoje, a venda dos lápis tradicionais, de que temos estado a falar, tem perdido importância, pois a empresa tem desenvolvido novos produtos inovadores. Estamos a falar da linha ArtGraf, destinada aos artistas plásticos e feita com base nas sugestões dos mesmos. Consiste num conjunto de “inovações totais a nível mundial”, que resulta da viragem da Viarco para uma estratégia de criação de produtos únicos, em que o preço é determinado “não em função do custo de produção, mas sim em função do valor que o consumidor está disposto a pagar”. A empresa apercebeu-se de que só inovando pode vender produtos com grandes margens de lucro, que lhe permitam aumentar o volume de vendas.

Para além disso, é esta estratégia que está a fomentar a internacionalização da empresa, pois estes novos produtos têm um enorme potencial de exportação, um potencial que se evidencia nas participações da empresa em feiras internacionais do ramo do design e das artes, nas quais se tem registado uma reacção “absolutamente fantástica” dos artistas a estas inovações. Em consequência, José Vieira afirma que “passo a passo queremos afirmar-nos em toda a Europa e também alargar o nosso mercado a outros países, como EUA e Canadá”.
Em suma…
Não temos dúvida de que a Viarco é uma excelente empresa e que merece o destaque que lhe damos, pois, não obstante a sua reduzida dimensão e número de trabalhadores, tem uma longa história e soube apostar na Investigação e Desenvolvimento e, assim, ‘agitar’ um mercado pouco dinâmico. Os sectores tradicionais também podem inovar e criar valor acrescentado, e esta empresa está de parabéns por se ter apercebido disto e por contribuir para as exportações do país, puxando pelo motor que pode tirar o país da crise em que se encontra!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Escrever o futuro...

Olá caros leitores, fiquem a saber que o nosso próximo texto semanal é sobre o único produtor de lápis do país, a Viarco.

Já sabe, apareça na próxima segunda-feira para ler o nosso texto sobre esta empresa, onde, como tem sido habitual, contamos com uma entrevista à empresa!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Empresas sanjoanenses - Olmar

Continuamos a nossa série de textos relativos a casos de sucesso de empresas sanjoanenses com uma empresa que todos os sanjoanenses certamente conhecem: a Olmar. Fomos entrevistar Carla Ferreira, a relações públicas da Olmar, pelo que os parágrafos que se seguem estão recheados de curiosidades interessantes sobre a Olmar!

História da empresa:

A Olmar nasceu em 1973, pelas mãos de Fernando Oliveira, que ainda hoje é o administrador da empresa. “O senhor Fernando Oliveira começou numa garagem, que era a garagem do prédio onde vivia, pequenininha, para aí com uns 30 metros quadrados, e aos bocadinhos foi conquistando uma cave”, explicou-nos Carla Ferreira. Uma aventura que só foi possível graças à experiência adquirida por Fernando Oliveira nos anos em que trabalhou nos escritórios da Oliva.

Nesta primeira fase, Fernando Oliveira era também o principal vendedor da empresa. “A mestria que ele utilizou para iniciar a sua actividade como empresário foi ir conquistando devagarinho e sempre muito conscientemente” os clientes, tentando ter sempre o que este queria, mas “sem encher a empresa de stocks”.
Foi esta a receita para o crescimento da empresa, que lentamente foi investindo em novas áreas de negócio e em novas formas de chegar aos clientes. Um crescimento lento mas constante, de tal forma que a empresa atingiu a dimensão que apresenta actualmente.

A Olmar, na actualidade:

A Olmar do presente é a principal empresa na região do EDV a operar na área dos produtos para escritório. “A Olmar é uma das principais fornecedoras do governo, de tudo o que é ministério, de tudo o que é banco…”, afirmou Carla Teixeira.

Chegar a estes clientes só é possível graças à equipa de técnicos de vendas da empresa, que não só lida com as maiores empresas do país mas também garante a participação da empresa nos concursos públicos de compra de material de escritório, feitos pelo Estado. Esta última participação faz com que a Olmar seja o principal fornecedor das escolas do país, pelo que escolas como a ‘nossa’ Secundária Oliveira Júnior vendem, nas suas papelarias, produtos provenientes da Olmar.

As marcas próprias da Olmar são também uma das características que a definem. A Pajory, a Fegol e a Polycópia são marcas com as quais a empresa adapta-se ao perfil do cliente actual, que põe o factor preço acima do factor reconhecimento da marca.

Se a Olmar, até há três anos atrás, era uma empresa que tinha como clientes apenas outras empresas ou instituições, não vendendo para o consumidor final, esse cenário alterou-se em Janeiro de 2008 com a inauguração da megastore da Olmar, situada em SJM. Foi um investimento de 2 milhões e meio de euros que tem dado bastante retorno, uma vez que o número de clientes que visitam a loja tem aumentado, mesmo com a forte concorrência da “Staples de Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis”, concorrência que, garante Carla Ferreira, não consegue fazer preços tão bons quanto os da Olmar. Dito isto, deixamos para o leitor a tarefa de averiguar se esta informação é verdadeira…

Todavia, a importância da megastore da Olmar não se esgota no facto de ter possibilitado a venda ao público: a megastore impulsionou o início da venda, por parte da empresa, de produtos de informática e de tecnologia. Fazendo jus ao slogan da empresa – «Olmar aposta em inovar» – esta loja, para além da área de material de escritório, tem também uma secção dedicada à venda de computadores, máquinas fotográficas, televisores, GPS… Mesmo assim, Carla Ferreira garantiu-nos que a papelaria é e será sempre o forte da empresa.

A internacionalização da Olmar:

Não se pense que a Olmar alcançou a dimensão que apresenta actualmente apenas actuando no mercado português. Já há 20 anos que a Olmar está presente num mercado emergente: os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. É uma estratégia de internacionalização já bastante consolidada, que representa actualmente cerca de 20% das vendas da empresa.

Questionámos também se a Olmar pensa em alargar a sua estratégia de internacionalização para outros mercados. “Pensamos. Nós estamos a pensar em ir para a Europa, estamos a pensar «Porque não? Já que os outros Europeus vêm para aqui porque é que nós não vamos para lá?» É uma questão de tentarmos”. Esperemos que esta ideia, um dia, deixe de ser um pensamento e passe a ser a realidade!

Em suma…

Há que dar os parabéns a esta empresa, nomeadamente ao seu administrador, Fernando Oliveira, por ter conseguido, em apenas 38 anos, deixar de ser uma ‘empresa de garagem’ para atingir o estatuto de PME Líder e espalhar os seus próprios produtos pelas empresas e escolas de todo o país e até pelos PALOP. Desejamos a maior das sortes a esta empresa de sucesso nas apostas que venha a fazer no futuro, pois todo o sucesso que venha a alcançar será seguramente mais do que merecido!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Aposta na inovação...

Bom dia senhores leitores, estamos aqui a divulgar que a nossa próxima empresa sanjoanense de destaque é a Olmar onde o titulo desta publicação é o principal lema.

Já sabe, segunda-feira pode ver mais um caso de sucesso de SJM. Apareça no nosso blogue e apoie o nosso projecto!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Empresas sanjoanenses - Fepsa

Estamos de volta para a análise de mais um caso de uma empresa sanjoanense de sucesso, a também exportadora Fepsa. Comecemos, então, pela história desta empresa com já mais do que quatro décadas de existência no nosso concelho.

História da empresa:

A Fepsa nasceu em 1969, tendo resultado do esforço de quatro industriais da chapelaria, que então se associaram com vista à criação de uma empresa especializada no fabrico dos feltros, dos quais são fabricados os tradicionais chapéus de feltro.

Os primeiros anos de existência desta empresa foram descritos numa entrevista do falecido Manuel Pais Vieira Júnior, que foi uma destacada personalidade do concelho, bem como um dos fundadores da Fepsa: “a Fepsa vingou, mas veio o 25 de Abril e destruiu-a. Até ali ainda se ia de chapéu para o Alentejo, depois passou-se a ir de boné. O próprio partido comunista ridicularizou o chapéu. Foi preciso mão forte mas segurámos a Fepsa.”

Assim sendo, a Fepsa é a única resistente dos tempos em que SJM era a cidade das fábricas de chapelaria. Ora, uma empresa que sobrevive a tempos de instabilidade é uma empresa que, quando há estabilidade, cresce e afirma-se, como vamos ver de seguida.

A Fepsa, na actualidade:

Hoje em dia a Fepsa é a maior empresa mundial na área da produção de feltro, detendo 40% do mercado mundial do sector. Emprega 140 funcionários e vende anualmente cerca de 400 mil feltros. Tem um só accionista e o seu capital social é de 520 mil euros.

Mas se a Fepsa resistiu à Revolução dos Cravos e apresenta actualmente estes dados económicos tão favoráveis, é porque em boa hora a empresa apercebeu-se de que tinha que exportar. Actualmente, apenas 4% da produção da Fepsa fica em Portugal, sendo que os restantes 96% se destinam a nichos de mercado existentes no estrangeiro, que fazem à empresa as encomendas de grande volume de que necessita. Estes vão desde os grupos étnicos – como os judeus ortodoxos, os cowboys e os australianos – até entidades que utilizam determinados fardamentos, que incluem chapéu de feltro – a polícia inglesa, a Real Polícia Montada Canadiana, a Força Aérea da Nova Zelândia…

Para além destes mercados, esta empresa vende também feltros não só para certas casas francesas de alta-costura de renome internacional mas também para produtoras de filmes de Hollywood. A Optimo Hats é uma empresa de Chicago que é especialista em chapéus de rigor idêntico aos dos anos 30 e 40 e que considera a Fepsa "a melhor fabricante de feltro para chapéus em todo o mundo". É esta a ponte que permitiu à Fepsa chegar a Hollywood e pôr feltro português “em exibição” em filmes como “Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull” e “Public Enemies”. Este último é o caso mais marcante, pois apresenta cerca de 80 chapéus fedora, feitos com “feltro Fepsa da mais alta qualidade de castor”, à imagem dos que se utilizavam na época histórica representada neste filme (anos 30 do século XX).

Encomendas estas que conferem mais visibilidade à empresa, pois são elas que fazem com que famosas personalidades como Johnny Depp, Robert de Niro, Vladimir Putin e George W. Bush possuam chapéus feitos com feltro Fepsa.

Contudo, se pensa que pode comprar um chapéu à Fepsa, está enganado. Isto porque a empresa deixa a finalização dos chapéus para os seus clientes: “Não produzimos o produto final, mas apenas o feltro, porque não queremos ser concorrentes dos nossos clientes” (declarações de Ricardo Figueiredo, presidente da Fepsa).

É também de referir que a Fepsa foi distinguida, em 2008, com um prémio de “Inovação e Tecnologia”, atribuído no âmbito do programa FINCRESCE do Ministério da Economia e do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI). Um galardão que se deveu aos investimentos feitos pela empresa na área ambiental, que resultaram em grandes poupanças de energia e água nesta empresa.

Em suma…

Por tudo o que foi referido, a Fepsa é, sem dúvida, um dos expoentes máximos do sucesso empresarial na nossa cidade. Sucesso esse que, segundo o presidente da empresa, é consequência da “estabilidade política do País”, do “bom relacionamento com os trabalhadores” e do “facto de a mão-de-obra se ter mantido a custos moderados”. Prova-se, com esta empresa, que só com uma boa gestão é possível vingar numa economia globalizada.

Mas para além destes três factores, pode-se acrescentar um quarto, sem o qual a Fepsa já teria “passado à história”: o factor exportações, que se tem afirmado nos últimos anos como o motor no qual todas as empresas devem apostar. Só este motor assegura o crescimento económico, quer das próprias empresas, quer do país como um todo.




Terminamos felicitando a Fepsa por todo o seu êxito e a sua preocupação não só com os recursos humanos da empresa mas também com o ambiente!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Produtos sanjoanenses na terra do Tio Sam!

Bom dia caros leitores, informamos que os produtos da empresa do nosso próximo artigo já passaram por Hollywood e pela cabeça de famosos como Robert de Niro e Johnny Deep. Sim, é da Fepsa que estamos (e vamos) falar.

Por isso já sabe o que tem que fazer: visitar o blogue na próxima segunda-feira para ler sobre mais um caso de sucesso na cidade.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Empresas sanjoanenses - Netos

Cá está mais um caso de uma empresa de sucesso da “Capital do Calçado”, desta vez a fábrica de calçado Netos, que conta com mais de meio século de história. Para caracterizarmos esta empresa contamos com uma entrevista a José Neto, a qual aproveitamos para agradecer.

História da empresa:
Foi em 1957 que nasceu a fábrica de calçado Netos, pela mão de Augusto e Domingos Neto. Na altura a empresa trabalhava apenas para Portugal e produzia apenas calçado infantil. Contudo, esta empresa tinha a ambição de crescer, o que a levou à busca de novos mercados para os seus produtos, pelo que em 1969 a Netos começou a exportar para as ex-colónias, nomeadamente Angola e Moçambique.

Mesmo assim, na década de 70, a empresa continuou a sua procura de novos mercados, aventurando-se pelo continente europeu. “Começámos na Inglaterra, em Londres, e fomos por aí fora, Alemanha, França, Itália”, afirmaram José e Domingos Neto.

Esta aposta, enquanto foi possível, foi feita mantendo a exportação para as ex-colónias. Mas nos anos 80 ocorreu a descolonização, pelo que “o negócio [naqueles países] começou a ficar muito complicado”. Deste modo, foi necessário tomar a decisão de deixar aquele mercado, reforçando a aposta nos países europeus, com o início da participação da Netos em feiras internacionais de calçado. Aposta esta que continuou nas décadas de 1990 e 2000, tendo tido grande êxito e tendo feito crescer bastante a empresa desde a sua fundação.

A Netos, na actualidade:

Em consequência de todo este sucesso, hoje em dia a Netos emprega cerca de 100 trabalhadores directamente, somando-se mais 40 a 50 em empresas subcontratadas. E quase todos os sapatos produzidos por estes trabalhadores destinam-se ao mercado externo, já que a Netos teve “muitas dificuldades em cobranças” nas encomendas destinadas a Portugal, o que não aconteceu no estrangeiro.

E não se pense que a Netos não continua à procura de novos mercados: “Vamos tentar a Rússia (…) e a América [EUA] ”, sublinhou José Neto. Para esta busca de novos mercados é fulcral a presença da empresa em feiras internacionais de calçado. A Netos está presente não só na Micam, feira realizada anualmente em Milão, Itália, mas também na GDS, que se realiza em Dusseldorf, Alemanha. Presenças estas que facilitam o acesso a novos clientes que possam estar interessados em comprar o calçado desta empresa sanjoanense.

E quais os tipos de calçado que a empresa produz e expõe nestas feiras? A colecção da Netos já não se reduz ao calçado de criança: “Basicamente fazemos 70% calçado de senhora e 30% criança”, isto porque houve, desde a criação da empresa, grande flexibilização da produção da empresa, para que a Netos pudesse produzir tudo o que os seus clientes necessitavam.

Todavia, há uma característica que é comum nos sapatos fabricados pela Netos: todos os sapatos são feitos com materiais que garantem um elevado nível de conforto a quem os calça. É isto que assegura o elevado valor acrescentado dos produtos produzidos pela empresa, o que se traduz uma grande mais-valia para a empresa, pois salvaguarda-a da concorrência dos países com mão-de-obra muito barata. “Trabalhamos com sapatos com muito conforto, em que o consumidor já não vai às lojas da China procurar calçado, vai às lojas onde nós vendemos”, garantiu José Neto.

Questionámos também os administradores da Netos acerca das suas expectativas para este ano de 2011. Estes não se revelaram muito optimistas, devido quer ao aumento das matérias-primas que prevêem que irá acontecer e que os irá afectar negativamente, quer aos problemas na indústria de curtumes, que obriga a Netos a importar estes materiais, correndo maiores riscos de atraso nas entregas dos curtumes. De resto, a Netos está confiante de que não vai registar uma quebra nas encomendas neste ano, uma vez que grande parte dos seus “clientes são de há 40 anos” e têm grande fidelidade à empresa.

E toda esta fidelidade existe porque esta empresa sempre imprimiu a maior correcção nos negócios, obtendo parcerias que resistem ao passar dos anos. Mas existe também outro factor que tem sido determinante para o sucesso da Netos: esta empresa tem sido, desde sempre, gerida pela mesma família, o que a tem afastado de conflitos de gestão. Trata-se, portanto, de uma empresa estável, unida em torno de um objectivo.




Em suma…
Este caso de sucesso no sector empresarial sanjoanense só foi possível porque a Netos apercebeu-se de algo que algumas empresas em Portugal ainda não sabem: que o futuro da economia portuguesa está na exportação de produtos de elevado valor acrescentado, e que só com qualidade é possível sobreviver à ascensão dos novos países industrializados, onde a mão-de-obra é muitíssimo mais barata do que nosso país, mas onde não há capacidades para produzir em qualidade.
Esperemos que todos os empresários do país vejam também que produzir em quantidade é na China, mas que produzir em qualidade pode e deve ser em Portugal! ctor do calçado em Portugal. ,..tugal. amente no.